quinta-feira, 11 de julho de 2013

OS SEIS CEGOS DO INDOSTÃO, OS BRASILEIROS E O "ELEFANTE VERMELHO"


Lendo o texto que segue abaixo, uma poesia hindu, não pude deixar de ver uma excelente ilustração de nossos dias de manifestações, onde todos tem uma firme opinião sobre aquilo que entendem ser o correto, (mas tateiam, obtendo apenas impressões muito superficiais de suas próprias causas) ignorando no entanto, estarem diante de um problema bem maior, prestes a esmagar a todos. Sim, me refiro a total alienação de ativistas e manifestantes desgovernados ou seria "sem representação" lutando em favor das mais diversas causas, entre estas até mesmo manifestações trancando rodovias em prol da Telex-free (nada contra, direito de cada um), mas o nosso problema, não é nem O feminismo, O abortismo, A homofobia, O ativismo gay, A eutanásia, A pedofilia, leis que cooperam para a desintegração da família tradicional, A corrupção, O plebiscito etc, etc... Brasileiros isto são apenas os membros deste velho elefante vermelho (leia o texto abaixo), que nos divide entre estes temas para sermos presas ainda mais fáceis. Sim, este paquiderme bolivariano de excelente memória nefasta já esta erguido em suas patas traseiras prestes a esmagar a democracia e as liberdades individuais. Ele se chama "SOCIALISMO". Pesquise o FORO DE SÃO PAULO, vamos ver que estamos dispendendo forças contra os inimigos errados. Se derrubarmos esta besta fera (não sei como!) que já bebeu o sangue de milhares ao longo da história da humanidade, a maioria destas causas aparentemente tão nobres (luta de classes) se dissolverão como um elefante cor de rosa. Nosso problema é bem maior e mais antigo do que parece...  
Mas vamos ao referido texto!

"Era uma vez seis homens do Indostão,
Desejosos de muito saber,
Que foram ver um elefante
(Embora todos fossem cegos)
Para que cada um pudesse observar
E satisfazer a sua curiosidade.

O primeiro, aproximou-se do elefante,
Desgraçadamente chocou
Com os flancos rugosos e maciços.
Sem mais, ele gritou:
"Deuses Poderosos, como este elefante
Se parece estranhamente com um muro!"

O segundo, ao apalpar as defesas,
Gritou: "Oh! que temos por aí
Que seja tão redondo, tão liso
E tão pontiagudo ao mesmo tempo?
Quanto a mim, já sei: este fenómeno de elefante
Parece-se estranhamente com uma lança!"

O terceiro, ao aproximar-se do animal,
Agarrou por acaso
Com ambas as mãos
A tromba ondulante:
"Já sei, já sei, este elefante.
Parece-se estranhamente com uma serpente!".

O quarto estendeu uma mão febril
E encontrou as pernas do mamífero:
"Aquilo com que se parece este animal fabuloso
É muito simples, por minha fé!
É evidente que este elefante
Se parece estranhamente com uma árvore!"

O quinto chegou-se, por acaso, à orelha:
"Mesmo o mais cego dos cegos - disse ele -
Pode dizer com que é que isto de parece.
Contradiga-me quem puder, parece-me
Que esta maravilha de elefante
Se parece estranhamente com um leque!"

O sexto, mal tinha começado
A apalpar o animal,
Agarrou com ambas as mãos a cauda
Que se encontrava à sua frente:
"Já sei, gritou ele o nosso elefante
Parece-se estranhamente com uma corda!"

E foi assim que estes homens do Indostão,
Discutiram largamente,
Cada um certo da sua opinião,
E não querendo largá-la,
Cada um deles com um pouco de razão
E todos estando completamente enganados."

"The Blind Men and the Elepanht"
John G. Saxe in Kayser News, USA, 1965

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